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Professor de matemática atuando na rede municipal de ensino.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Natalense com paralisia cerebral faz pós-graduação em neurociência


Cícera Bruna teve problemas no parto e nasceu com limitações. 
Hoje, com 28 anos, é formada em psicologia e já escreveu um livro. 
Rafael BarbosaDo G1 RN 

Psicóloga Cícera Bruna conta sua história de superação (Foto: Rafael Barbosa, do G1) 

"Uma luta incansável". O título da autobiografia da natalense Cícera Bruna Silva de Sousa resume a história de superação de uma mulher de 28 anos e que hoje trabalha numa clínica de reabilitação para pessoas com limitações físicas. A personagem poderia ser apenas uma entre tantas que buscam sobrepor seus próprios obstáculos, não fosse o fato dela própria ser portadora de paralisia cerebral. E mais: Bruna é psicóloga. Sozinha, ainda fez intercâmbio na Inglaterra, onde aprendeu a falar inglês básico. E, atualmente, cursa pós-graduação em neurociência. 

Bruna sofreu a paralisia cerebral durante o parto, em razão de um prolapso de cordão umbilical. Isso ocorre quando o cordão umbilical sai pela vagina antes de o bebê ser retirado, o que impede a passagem do sangue pelo cordão. A complicação pode provocar a morte fetal ou mesmo problemas de saúde que afetam o desenvolvimento da criança. Bruna sobreviveu, mas herdou dificuldades na fala e limitações motoras. Ela anda e se movimenta lentamente. 

Mesmo com as limitações, Bruna concluiu psicologia em 2010, numa universidade particular de Natal. E não pensa em parar. Hoje, ela cursa pós-graduação em neurociência em outra faculdade da capital potiguar. 

Com um sorriso largo e bastante disposição, a psicóloga diz que é feliz com o que já conseguiu fazer e com o que ainda está produzindo. "A felicidade quem busca somos nós. Eu sou feliz demais", disse ela. 

Bruna coordena um projeto de integração entre pacientes na mesma clínica de reabilitação em que por anos fez terapias. "Nós, que temos essas dificuldades, precisamos de momentos de lazer entre uma ida e outra ao médico", explicou, acrescentando que utiliza a própria psicologia para ajudar os jovens com limitações a conversarem sobre o problema. 


Psicóloga tem fala e movimentos limitados 
(Foto: Rafael Barbosa, do G1) 

A psicóloga 
De 15 em 15 dias ela se reúne com um grupo de pessoas entre 18 e 30 anos que fazem tratamento de problemas semelhantes aos dela. O objetivo é debater a vivência e as dificuldades dos portadores de necessidades especiais. 
É na clínica, agora trabalhando, que a psicóloga se apropria de sua experiência com as limitações para inspirar as pessoas a superarem suas dificuldades. "A sua vida pode acrescentar à minha. E a minha, à sua", ressaltou. 
Cícera Bruna toca os projetos na clínica, continua fazendo terapia e vibra com cada conquista. "O simples fato de conseguir tocar os dedos para mim é uma vitória", celebrou. 
A escritora
A autobiografia 'Uma luta incansável' reúne as anotações que Bruna fez em seu diário ao longo da adolescência. No livro, ela relata histórias de seu cotidiano. Como escritora, também faz planos para o futuro. A jovem está escrevendo um romance que deve ser publicado no próximo ano. Para ela, "o importante é olhar o lado positivo da vida, independente do que você tem". 






Licença médica entra no cálculo de aposentadoria




O Centro do Professorado Paulista (CPP) – entidade que representa profissionais do ensino fundamental e médio da rede estadual – conseguiu na Justiça reverter entendimento da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, que não incluía períodos de licença e faltas médicas no cálculo das aposentadorias. A entidade ingressou com ação contra o Estado em maio. O pedido de liminar foi negado pelo juiz Alexandre Jorge Carneiro da Cunha Filho, da 11ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo. Ao analisar o mérito, entretanto, o magistrado julgou procedente o pedido. Segundo ele, o Estatuto dos Funcionários Públicos – Lei nº 10.261, de 1968 – estabelece que faltas para tratamento de saúde são consideradas tempo de serviço para a aposentadoria.

Para o juiz, o entendimento da secretaria é contrário ao disposto legalmente e a orientação da norma só poderia ser alterada por meio de outra lei. Por meio de nota, a Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo (PGE-SP) informou que irá recorrer da decisão. A entidade decidiu ir à Justiça depois de verificar que professores tiveram que cumprir o período em que ficaram afastados por licença médica ou faltaram por motivos de saúde para se aposentar. Alguns, de acordo com o presidente do Centro do Professorado Paulista, José Maria Cancelliero, foram obrigados a voltar ao trabalho. A situação atinge aproximadamente quatro mil dos 116 mil associados do CPP. “É um absurdo obrigar o professor a compensar períodos em que esteve doente”, diz.