Os professores estaduais do Distrito Federal decidiram em assembleia realizada nesta terça-feira, 17 de abril, na praça do Buriti, em Brasília, manter a greve iniciada há 37 dias. Segundo o Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF), enquanto o governador não cumprir o acordo firmado com as professoras e professores do ensino público em 2011, a categoria não retornará ao trabalho.
"Embora alardeie na imprensa que tem intenção de negociar com a categoria, em nenhuma das reuniões ocorridas, o GDF apresentou qualquer proposta concreta que atendesse aos anseios das professoras e professores", afirmou o sindicato em nota. A categoria voltará a se reunir em assembleia geral na próxima quinta-feira, dia 19, quando se espera ter do governo uma nova proposta para ser analisada.
Em reunião na tarde de ontem, representantes da CUT nacional e da CUT-DF, de cerca de 30 sindicatos, da Arquidiocese de Brasília, entre outras entidades, decidiram solicitar uma audiência com o governador para discutir uma solução para a paralisação da categoria. O governador recebeu uma comissão desse grupo à noite, em Águas Claras, e ficou acertado que o GDF fará novas avaliações e estudos para buscar alternativas que possam nos ser apresentadas.
Da assembleia, as professoras e professores partiram para a ocupação do Eixo Monumental e fizeram o "cercamento simbólico" do Palácio do Buriti. Com bandeiras, apitos e vuvuzelas, os manifestantes ocuparam as seis pistas da via. A intenção é manter o cerco para forçar o governo a receber a Comissão de Negociação. A categoria também decidiu que permanecerá acampada na Praça do Buriti ate que as reivindicações sejam atendidas.
Entre as principais reivindicações, está a exigência de equiparação média salarial com outras carreiras de nível superior do governo distrital. O item, segundo o Sinpro, consta de um acordo negociado em abril de 2011 cujo teor o governo não teria cumprido.
O governo, por sua vez, diz estar atendendo gradualmente ao acordo, já tendo, inclusive, concedido aumento salarial de 13,83% - que afirma ter sido o maior índice do País - e reajuste de 55% no valor do tíquete-alimentação, hoje de R$ 304.
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