O Dia da Terra (em árabe: يوم الأرض, Yom al-Ard; em hebraico: יוֹם הַאֲדָמָה, Yom HaAdama) é comemorado anualmente em 30 de março e marca, para os palestinos, os eventos ocorridos nesse dia, em 1976, quando uma greve geral e passeatas foram organizadas nas cidades árabes de Israel - da Galileia ao Negev -, em reação ao anúncio do plano do governo israelense de expropriação de uma área de 25.000 dunams na Galiléia - por "razões de segurança e para construção de assentamentos". Além disso, uma área ainda maior, situada em três aldeias na área de Al-Mil, foi declarada zona militar fechada, visando a construção nove assentamentos judaicos. Os árabes de Israel responderam com uma greve geral e manifestações de rua. O exército israelense reprimiu as manifestações, e seis árabes foram mortos, na área de Al Jahil.
Desde 2007, o Dia da Terra Palestina é comemorado com ações do movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), cujo alvo é a basicamente a economia de Israel. Em 30 de março de 2011, foi lançada, na Palestina, uma campanha internacional para bloquear as atividades do Fundo Nacional Judeu, criado 1901 com a finalidade de comprar terras na área do antigo Mandato Britânico da Palestina e usá-las exclusivamente para o assentamento de judeus.
Durante a guerra de 1948, a maioria da população árabe foi expulsa de suas aldeias por milícias sionistas. Suas propriedades foram transferidas para o Fundo Nacional Judeu, e eventualmente destruídas a fim de evitar o retorno dos proprietários. O Fundo tem vendido as terras apenas a judeus, para que nelas sejam feitas novas construções. Outra prática que tem sido adotada é o reflorestamento, com espécies não nativas, das áreas das antigas aldeias árabes destruídas, apagando-se assim todos os vestígios de cultura árabe nesses locais. Segundo os ativistas, essas práticas violam os direitos humanos da população árabe que ali vivia por gerações, antes da criação do Estado de Israel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário