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Caicó, RN, Brazil
Professor de matemática atuando na rede municipal de ensino.

sexta-feira, 30 de março de 2012

ABRIL VERMELHO CHEGA A NATAL




PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL DE NATAL DECRETAM GREVE POR TEMPO INDETERMINADO
Os professores da rede municipal de Educação de Natal estão em greve por tempo indeterminado. A paralisação foi aprovada em assembleia, realizada na Assem, ontem pela manhã. Hoje, os professores voltam à sala de aula apenas para informar alunos e pais os motivos da greve, que deixará 56 mil alunos sem aulas. O município tem 74 escolas e 71 Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis).
Foto: Frankie Marcone


Na assembleia, professores foram quase unânimes no voto pela greve sem data para retorno
Ontem (29) pela manhã, devido à assembleia, as aulas na rede municipal foram suspensas. Os professores querem a implantação do piso nacional, o que implica num reajuste de 22,22%. A proposta da Secretaria Municipal de Educação era de reajuste de 10% sobre os salários atuais. O percentual seria pago em três parcelas, de 3,2%, cumulativos, com a primeira aplicada na folha deste mês.
Segundo Fonseca, os professores com carga horária de 40 horas já percebem salários 83% acima do piso nacional, que é de R$ 1.451,00. "Na verdade, os professores com 20 horas deveriam receber em torno de R$ 700,00 e, no município de Natal, não há nenhum um só professor que ganhe menos de R$ 1.200,00", afirmou o secretário.
Na assembleia de ontem, temendo exatamente o retrocesso na negociação, a coordenadora do Sinte/RN, Fátima Cardoso, absteve-se, no momento da votação. "Não estou em cima do muro, apenas estou defendendo os interesses da categoria, que vai ser prejudicada. As conquistas que já tivemos serão retiradas da mesa de negociação", afirmou, após a votação. Além da proposta de 10%, a SME tinha garantido o enquadramento dos educadores infantis, já na folha de abril.
Questionada sobre o prejuízo aos alunos, Fátima Cardoso disse que "os alunos já estão prejudicados, pela deficiência das escolas". Segundo ela, o ano letivo começou tumultuado com falta de professores, de merenda escolar, materiais de expediente e didático. "Esse trato que a gestão tem dado à educação tem causado muita insatisfação dentro da categoria", disse ela. Ela deixou claro que a categoria não está dividida. Ontem, praticamente a unanimidade dos professores aprovou a paralisação.

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