Oito estudantes brasileiros, bolsitas do programa Ciência sem Fronteiros, foram selecionados para fazer pesquisas na Agência Espacial Americana (Nasa, na sigla em inglês). Um deles é Victor Adonno, 21 anos, que fará estágio no Goddard Space Flight Center, um laboratório de pesquisas espaciais da Nasa, localizado em Greenbelt, Maryland, a 11 km de Washington.
Adonno e os outros brasileiros começarão o estágio na próxima semana. O estudante do curso de matemática está nos Estados Unidos desde janeiro, em intercâmbio na Catholic University of America. Quando voltar ao Brasil, em dezembro, e concluir o curso de graduação, Adonno pretende trabalhar na área acadêmica. Mas por enquanto, só se preocupa com seu atual "dever de casa". "Sei que não vai ser fácil conciliar a universidade com o estágio, em duas instituições que exigem tão grande esforço, mas o retorno profissional que terei depois vai compensar", disse.
Ele e os outros sete estudantes do Ciência sem Fronteiras, que serão seus colegas no estágio na Nasa, foram saudados nesta segunda-feira em um dos painéis da Conferência Brasil-EUA: Parceria para o Século 21, na capital americana. Participam do encontro em Washington acadêmicos, pesquisadores e empresários brasileiros e americanos. Eles discutem a possibilidade de ampliar a cooperação entre os dois países nas áreas de educação e negócios.
Programa
O Ciência sem Fronteiras tem como objetivo promover a expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacionais de estudantes, professores e pesquisadores. A oferta de bolsas prevê as modalidades graduação-sanduíche, educação profissional e tecnológica e pós-graduação - doutorado-sanduíche, doutorado pleno e pós-doutorado.
O programa estabelece a oferta de até 100 mil bolsas em quatro anos (75 mil financiadas pelo governo federal e outras 25 mil pela iniciativa privada). Estudantes de graduação e pós-graduação podem fazer estágio no exterior para manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação. Além disso, tenta atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário