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Professor de matemática atuando na rede municipal de ensino.

terça-feira, 10 de abril de 2012

'A Copa do Mundo vai encher o Brasil de orgulho'


Encontrar críticas à lentidão das obras para a copa do mundo não é novidade no Brasil. Basta entrar na internet, abrir um jornal, ligar a televisão ou mesmo participar de uma roda de conversa de botequim no final de semana. Este parece ser o curso natural das coisas. Normal num país que deixa tudo para última hora. Muitos estão no barco do pessimismo. O Diretor Executivo de Operações do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, Ricardo Trade, navega em sentido contrário. "Acredito que iremos entregar uma grande Copa do Mundo para encher de orgulho os brasileiros e mostrar ao mundo a nossa capacidade", diz ele em entrevista exclusiva ao Motores do Desenvolvimento do Rio Grande do Norte.




Ricardo Trade, diretor executivo de Operações do COL da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014: A FIFA tem preocupações permanentes, com todas as sedes de competições realizadas por ela. É uma entidade que busca oferecer o melhor nível de serviços possível, o que é bom para nós.
Trade, um executivo mineiro de 54 anos, ex-goleiro da seleção brasileira de Handebol, formado em Educação Física, ex-preparador de várias equipes de ponta do vôlei nacional, é o homem que faz acontecer. Sob a responsabilidade dele estão setores vitais para a realização da copa, como a logística e relacionamento com as cidades-sedes, centros de mídia, serviços, tecnologia de informação, áreas de competição, transporte de delegações etc. 

O escritório do COL no Rio de Janeiro faz o monitoramento diário das obras através de uma equipe de 80 profissionais, com auxílio de Câmeras instaladas nos canteiros das obras de construção e/ou reforma dos estádios. Com base nos relatórios ele garante: "todos estão dentro do prazo." 

O cronograma das obras, os custos e benefícios, os reflexos na economia brasileira e das cidades-sedes são alguns dos temas em debate no Seminário Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, que será realizado no dia 16 de abril, no auditório do Hotel Pestana, na Via Costeira. Os debates fazem parte do projeto Motores do Desenvolvimento, realizado pela TRIBUNA DO NORTE, Sistema FIERN, Sistema Fecomercio/RN, UFRN e Governo do Estado, com patrocínio da Assembleia Legislativa, Sebrae/RN, Banco Itaú e Arena das Dunas.


Qual a avaliação geral que o senhor faz dos preparativos para que o Brasil receba a Copa do Mundo?


Nossa avaliação é positiva. Estamos com os trabalhos em andamento nas 12 sedes. O governo federal está empenhado em buscar soluções para os aeroportos e as sedes estão avançando com suas obras de mobilidade urbana e infraestrutura. Acredito que iremos entregar uma grande Copa do Mundo, para encher de orgulho os brasileiros e mostrar ao mundo a nossa capacidade.

Qualquer jornal ou site que se abra hoje é fácil encontrar críticas ao atraso na execução das obras da Copa do Mundo. É preocupante a situação? Em que estágio estamos? 

É fácil encontrar críticas, mas talvez as pessoas que critiquem não tenham o conhecimento exato do que está acontecendo. Da nossa parte, não temos grandes preocupações. Fazemos um monitoramento diário das obras dos estádios e todos estão dentro do cronograma para a Copa do Mundo da FIFA. No caso da Copa das Confederações, dois estádios estão correndo contra o tempo, o que também não é uma preocupação, pois podemos fazer a competição com quatro, cinco ou seis sedes.


O que preocupa mais: a construção e reforma dos estádios, a situação dos aeroportos ou o debate sobre e Lei Geral da Copa?


No COL, só temos de nos preocupar efetivamente com os estádios. A Lei Geral da Copa é uma questão trabalhada pela FIFA e pelo Governo Federal e os aeroportos são uma responsabilidade do Governo Federal.

Os críticos do projeto Brasil 2014 dizem que estamos condenados a ter "elefantes bracos". O Arena das Dunas, aqui de Natal, seria um deles. O Senhor concorda? 

Um elefante branco de 40 mil lugares? Não conheço nenhum no mundo. Ainda mais em uma cidade como Natal, em que existe uma rivalidade local, onde já tivemos clubes na Série A do Campeonato Brasileiro, em uma cidade turística que deve ter demanda para realização de grandes shows.



O que dizem os relatórios da ABIN que vão parar em seu birô, no COL?


Desculpe, são relatórios confidenciais.

Temos a construção do Aeroporto de São Gonçalo que não anda e as obras de mobilidade de Natal que sequer começaram. Precisamos dar um chute no traseiro do pessoal responsável por essas obras no RN?

Temos certeza de que tudo se resolverá.

Numa entrevista a O Globo, o senhor disse que a imprensa e o povo estão fazendo o papel que lhes cabe ao criticar o atraso nas obras. Ao mesmo tempo manifesta certeza de que o Brasil fará uma grande Copa do Mundo. O que o leva a acreditar nisso?

O que me leva a acreditar é o trabalho que estamos fazendo. Nós fazemos o monitoramento de todos os estádios, com engenheiros e arquitetos presentes nas 12 sedes, duas câmeras em todos os estádios. Temos uma equipe de quase 80 profissionais no COL trabalhando no planejamento das diversas áreas, como transporte, segurança, competições, operações de imprensa, broadcast, entre outros. Vamos entregar uma grande Copa do Mundo.


O senhor participou de uma reunião recente convocada pela Fifa. Qual o grau de preocupação da entidade com o Brasil? Até que ponto a saída de Ricardo Teixeira pode prejudicar (ou beneficiar) esse projeto?


O trabalho continua seguindo o seu ritmo normal com o novo presidente. A FIFA tem preocupações permanentes, com todas as sedes de competições realizadas por ela. É uma entidade que busca oferecer o melhor nível de serviços possível, o que é bom para nós, pois nos acostuma a trabalhar em alto nível e buscarmos sempre o melhor. Eles não precisam esperar as reuniões, pois já estão presentes em nosso escritório diariamente. Temos cerca de 15 pessoas da própria FIFA trabalhando na nossa sede e esse número aumentará em breve. Todas as nossas decisões são discutidas em conjunto.

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